Os horticultores da Tradição Taquara habitaram o planalto do Estado e possivelmente o litoral norte do Estado. Exploravam principalmente os pinheirais (araucária), caçavam animais e coletavam frutos e raízes de outras plantas silvestres. Plantavam em pequenas roças, das quais extraíam diversos produtos para sua subsistência. Produziam uma cerâmica simples, de pequeno porte.
Habitavam em casas subterrâneas que eram buracos escavados na terra com diversos tamanhos. Essa forma de habitação poderia ser uma adaptação ao clima frio do planalto. Também poderiam morar em aldeias a céu aberto, em pequenas choças de palha, ou, ainda, eventualmente em abrigos sob rocha. Acredita-se que os índios Kaingang são os descendentes das populações da Tradição Taquara.
A cerâmica da Tradição Taquara é assim descrita por Mentz Ribeiro: “Seus vasos são de relativas pequenas dimensões, pouco mais de 50% decorados plasticamente, destacando-se vários tipos de ponteado, inciso pinçado, impresso com cestaria, ungulado, etc” Esse pesquisador também afirma que os enterramentos são realizados diretamente sobre o solo, em decúbito dorsal.
Os artefatos líticos (em pedra) mais característicos são as lâminas de machado polidas (para cortar madeira) e as mãos de pilão (para triturar grãos) que aparecem associados a implementos lascados, como talhadores, raspadores, facas.
Fonte:
André Luis Ramos Soares & Sergio Celio Klamt
Antecedentes Indígenas – Pré-História do Rio Grande do Sul
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