HISTÓRIAS DE CHARQUEADAS
SEUS SUJEITOS E SEUS OLHARES
Professor: José Edimilson Kober
Charqueadas, RS - 2010
1- Tema:
Histórias de Charqueadas
Seus sujeitos e seus olhares
Fundamentalmente, o compromisso do educador é ajudar a que educandos aprendam a pensar, a refletir, adquiram estruturas mentais e aprendam os conceitos básicos daquela área de conhecimento (história) , até porque, como sabemos, os conhecimentos se desenvolvem cada dia, sendo impossível a apreensão de todo saber na escola, o que reforça a perspectiva de capacitação em estruturas de pensamento que permitirá a aprendizagem autônoma, a pesquisa. ( VASCONCELLOS.1997.p.106)
2- Problema da pesquisa:
Sendo o charqueadense sujeito que prática e sofre a ação no processo histórico. Estando este inserido na história e tendo dela seus olhares particulares. Dada a subjetividade e gama imensa de sujeitos e seus olhares. Como procurar resgatar tantos e diversos olhares, identificando e respeitando a diversidade, procurando valorizar as memórias populares e objetivando a inclusão social de quem nunca tinha sido escutado. E ainda refletir sobre o processo de construção da identidade “do ser charqueadense” no recorte da história local.
3- Hipótese:
Para responder a pergunta formulada, parte-se da seguinte hipótese:
O grupo de alunos e professores pesquisadores que buscam resgatar a história de Charqueadas entram em contato com aqueles que foram e com os que são agentes da história local. O contato direto com a comunidade ira valorizar a memória popular e contribuir para o re-pensar olhares da história local. Tratando com respeito às recordações e publicando estas na internet pensamos estar contribuindo para a inclusão social e na história do município. Participando e contribuindo para o resgate da história do município, cada aluno, entrevistados, colaboradores, ou seja, todos os envolvidos estarão sendo agentes e se incluindo no processo de encontro com a identidade do ser charqueadense.
4- Objetivos:
♦ Estimular e orientar a pesquisa como forma de aprender a aprender.
♦ Estimular e orientar a produção textual historiográfica local.
♦ Conhecer e melhor compreender a história do município.
♦ Estreitar o contato com a comunidade das escolas.
♦ Valorizar a memória popular.
♦ Contribuir para inclusão social.
♦ Identificar e respeitar a diversidade de olhares da história.
♦ Propiciar a reflexão sobre o processo de construção da identidade do charqueadense.
♦ Compreender que cada aluno e familiares fazem parte do processo histórico.
♦ Construir uma homepage com as histórias de Charqueadas.
♦ Criar um grupo de alunos e professores pesquisadores.
♦ Construir painéis temáticos com fotos antigas.
5- Justificativa:
É de fundamental relevância buscar construir um grupo de alunos e professores pesquisadores que possibilite ao educando aprender a aprender. Para aprender a aprender é relevante que os alunos estejam capacitados a desenvolverem pesquisa. O que possibilita ao aluno tornar-se sujeito do seu processo de construção do conhecimento.
Segundo BICUDO, apud VASCONCELLOS,.(1997,p.106),“Na medida que o aluno é sujeito da construção do conhecimento há possibilidade que ele resolva suas perguntas e dúvidas ( através da pesquisa, do diálogo), coisa que, sem isso, a escola não disporia de tempo para fazer.”
É importante que esta proposta viabilize aos alunos não só conhecer uma realidade do passado (pesquisando) mas confronta-la com outras realidades e olhares históricos e com sua própria realidade. Assim os alunos possam fazer suas escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações.
É de fundamental importância que o professor mediador oriente seus alunos a elaborar seus textos a partir das informações coletadas na pesquisa e também considerando seus conhecimentos e experiências anteriores. Esta etapa é de extrema importância já que é por meio das palavras que o pensamento passa a existir. [...] “de uma maneira geral, a exposição através da dramatização demanda um menor nível de abstração que a verbalização, que por sua vez demanda menor nível que a escrita.”(VASCONCELLOS,1997,p.98).
A utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) possibilita ultrapassar os limites das metodologias convencionais, baseadas na transmissão do conhecimento. Estabelece uma maior flexibilização do tempo e do espaço de aprendizagem, em uma dinâmica que permite aos estudantes a autoria e a interatividade.
6- Metodologia:
Formar um grupo de alunos e professores pesquisadores. Que realizem suas atividades de pesquisa na escola, no bairro, na cidade com a comunidade do município. A metodologia passa pela busca da história oral, entrevistas, depoimentos, fotografias, documentos objetos... Deverão pesquisar e escrever textos sobre: as entrevistas realizadas, a história pessoal, da própria família e de outras famílias, das ruas, dos bairros, das escolas...
Construir painéis temáticos com fotos, gravuras, documentos antigos...
Depois de já ter pesquisado, organizado o material coletado e escrito seu texto (rascunho) outros alunos passam a construção de uma homepage no laboratório de informática. Utilizando-se de Softwares como Word, Front Page, Paint , a rede interna do laboratório de informática ...
Por última parte, os alunos passam a criar vídeos ou slides utilizando o material pesquisado, fotos, documentos, entrevistas etc. Utilizamos os recursos que possuímos como máquinas digitais, celulares e programas de computadores como Pinnacle VideoSpin, Movie Maker, Picasa, ou editores online como www.slide.com e outros. Os trabalhos se realizam nos laboratórios de informática da Escolas Pio XII e I.E.E. Assis Chateaubriand, ambas em Charqueadas.
7- Cronograma:
As atividades de pesquisa e resgate da história de Charqueadas iniciaram em outubro de 2007 e tiveram seguimento ao longo dos anos de 2008, 2009 e 2010. Não tendo data para sua conclusão.
8- Orçamento:
Gastos com cópias de documentos e fotos em torno de R$100,00. Despesas de transporte R$ 100,00 e painéis (baners) R$ 300,00. Queremos adquirir uma filmadora em torno de R$ 1.500,00 e aparelho projetor para notbook em torno de R$ 1.400,00.
Total estimado: R$ 3.400,00
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACAA - “Acción cultural y alfabetización de adultos”. Seminário do Prof. Paulo Freire no Colégio Pio Latino, em Roma, de 20 a 22 de novembro de 1972.
ANTUNES, Celso. Manual Construtivista de Como Estudar. 9.ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
ANTUNES, Celso. O Que Mais Perguntam Sobre... Cibercultura e Ciberespaço, A Sala de Aula e os Computadores. Florianópolis: CEITEC, 2003.
BORGES, Vavy Pacheco. O Que é História. 11.ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.
Carr, Edward Hallett. Que é História. 4.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
DEMO, Pedro. Educação e Qualidade. 2.ed. Campinas: Papirus, 1995.
ECO, Umberto. Como se Faz uma Tese. 11.ed. São Paulo: Perspectiva, 1994.
GLÉNISSON, Jean. Iniciação aos Estudos Históricos. 4.ed. São Paulo: DIFEL, 1983.
GUERREIRO, Miguel Escobar. Paulo Freire Y la educación libertadora. Cidade do México, 1985. Disponível em: Acesso em 28 abr. 2006.
Jr.,Caio Prado. Teoria marxista do conhecimento e método dialético materialista. Ed.Moraes. Ridendo Castigat. Disponível em: de Acervo Histórico – Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/caio.pdf. Acesso em 16 mar.2006>
Manuel, Juan e Mendez, Álvarez. Avaliar para conhecer Examinar para excluir. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
KOCH, I.V. A inter-Ação pela linguagem. 5.ed. São Paulo: Contexto, 2000.
LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 1998.
LIMA, Elvira Souza. Avaliação na Escola. 3.ed. Sobradinho: Sobradinho, 2005.
Luckesi, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 4.ed. São Paulo: Cortez, 1996.
NIDELCOFF, Maria Teresa. As Ciências Sociais na Escola. 3.ed. São Paulo: Brasiliense, 1992.
Sampaio, Rosa Maria Whitaker. Freinet Evolução histórica e atualidades. 2.ed. São Paulo: Scipione, 2002.
Pires, Saldino Antonio. Monografia – Charqueadas sua origem, sua história, sua gente – 1ª edição
VASCONCELLOS, C.S. Construção do Conhecimento em Sala de Aula. 6.ed. São Paulo: Libertad, 1997.
VASCONCELLOS, C.S. Avaliação Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. 10.ed. São Paulo: Libertad, 1998.
Veit, Benedito. Calendário Histórico da Região Carbonífera 1ª edição 1989
WADSWORTH, Barry. Inteligência e Afetividade da Criança. 4.ed. São Paulo: Enio Matheus Guazzelli, 1996.
WEISS, Alba M.L. & CRUZ, Mara L. R. M. A Informática e os Problemas Escolares de Aprendizagem. 2.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.