Alguns dos grupos, pré-históricos, que habitavam o litoral do Rio Grande do Sul deixaram montes de conchas que utilizavam como alimento, onde são encontrados utensílios em pedra polida, pedra lascada, restos de peixes, animais e conchas.
A acumulação desses materiais era proposital, e talvez estivesse ligada ao prestígio que cada família possuía em ter o maior número de indivíduos e morar em locais mais altos, construídos para ter maior destaque na paisagem. A palavra sambaquis é atribuída aos grupos Guaranis, tamba-qui, “monte de conchas”.
Em cima desses montes eles moravam e enterravam seus mortos. Através dos esqueletos acreditamos que seus membros superiores eram mais desenvolvidos que os inferiores, o que pode ser considerado um indicador de que utilizavam canoas. No interior do Rio Grande do Sul foram encontrados objetos de pedra polida, em forma de animal, que são chamados de zoólitos. Exploravam o litoral, o mangue, as matas nativas no entorno dos sítios, vivendo de caça, pesca e coleta.
Os sambaquis são resultado de uma sociedade complexa, em que as relações de poder poderiam estar relacionadas ao tamanho e à proximidade dos sambaquis. A altura dos sambaquis está relacionada aos grupos de parentesco.
Fonte:
André Luis Ramos Soares & Sergio Celio Klamt
Antecedentes Indígenas – Pré-História do Rio Grande do Sul
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