A Escola Estadual de 1° Grau Incompleto Dr. Ramiro Fortes Barcelos foi criada em 26/03/1941, através do Decreto de Criação n° 223/41.
Em 30/06/1986 passou a denominar-se Escola Estadual de 1° Grau Dr. Ramiro Fortes Barcelos, através da Portaria de Autorização e Funcionamento n° 9.729 de 30 de junho de 1986, conforme publicação no Diário Oficial do Estado datado em 9 de julho de 1986, passando neste ano a oferecer à sua clientela o Ensino Fundamental de 1ª a 8ª série, além da Educação Infantil, oferecida através da classe da pré-escola.
A escola está localizada no bairro Colônia, Área Residencial da P.E.J., na rua Jacarandá, 431, Charqueadas-RS.
Segundo a vice-diretora e professora do 1° ano,Solange Payhani “ A escola foi ampliada, modernizada e saiu do lado do presídio. Está deixando de ser só um “coleginho” e está sendo uma das melhores do município.”
A escola possui o nome do Dr. Ramiro Fortes Barcelos em homenagem a essa figura popular na política Rio-Grandense, tendo ação importante nos últimos anos do Império e durante o início da República. Nascido na cidade de Cachoeira do Sul, em 1852, fez estudos em Porto Alegre e depois rumou para o Rio de Janeiro, em cuja Faculdade de Medicina formou-se, no ano de 1874. Ramiro Fortes Barcelos também foi ministro plenipotenciário do Brasil no Uruguai. Morreu em 29/01/1916, em Porto Alegre.
Esse homem foi exemplo de trabalho, dignidade e bondade, e nada mais justo a Escola homenageá-lo, adotando seu nome.
A escola localiza-se num dos bairros mais distantes do centro do município de Charqueadas, onde se situam os presídios: PEJ, PASC, PEC, PMC, IPEP e CPA. Os alunos, na maioria, são oriundos do bairro, filhos de agentes penitenciários, policiais militares e apenados. É uma comunidade pequena, tendo de deslocar-se para o centro em busca de suas necessidades, referindo-se, muitas vezes, como se fossem para outro município.
Ainda segundo a professora Solange, “A maioria dos pais não vê mais o professor como alguém importante, como em outras épocas. Para alguns os professores devem ser médicos, psicólogos, enfermeiros e babás de seus filhos. Uns poucos colaboram e valorizam os professores.”
A escola desenvolve o Programa Escola Aberta para a cidadania do governo do estado em parceria com a UNESCO desde o ano de 2001, onde são ministradas oficinas permanentes de teatro, dança, informática, artesanato, culinária, catequese, reforço escolar e esportes que ocorrem nos finais de semana sob a orientação dos oficineiros e voluntários.
SLIDES COM FOTOS DA ESCOLA
Apóia também, o trabalho social através da parceria com Lions Cluibe de Charqueadas e Gerdau em exames oftalmológicos com entrega de óculos para crianças carentes. Oferece ainda, serviços de assistência médica, cidadania, esporte, cultura, lazer e inclusão digital durante o dia da solidariedade que é realizado no mês de maio em parceria com a escola Dimensão, parceiros voluntários, grupo Gerdau e outras entidades. Entre muitos outros projetos que a escola oferece aos alunos.
ENTREVISTA COM A VICE-DIRETORA - SOLANGE PAYHANI - 2010
Entrevista com a professora e vice-diretora Solange Payhani que atualmente é vice-diretora e professora do 1° ano. Atua na escola à 21 anos, sendo assim, a professora que está á mais tempo na escola.
Nos últimos anos quais foram as mudanças que ocorrem:
*na escola:
A escola foi ampliada, modernizada e saiu do lado do presídio. Está deixando de ser apenas um “coleginho” e está sendo uma das melhores escolas do município. É um espaço para os alunos.
*nos alunos:
Alguns buscam algo melhor, mas parece que os alunos decaíram nestes anos. Apresentam pouco interesse pelos estudos, estão mais violentos e com menos respeito aos professores.
*nos professores:
Pouco estimulados para trabalhar, estressados com os alunos e, alguns, acomodados. Porém existem os que são ativos e mais bem preparados para o mercado de trabalho. Todos bem atualizados com a mídia.
*na comunidade:
A maioria dos pais não vê mais o professor como alguém importante, como em outras épocas. Para alguns os professores devem ser médicos, psicólogos, enfermeiros e babás de sues filhos. Uns poucos colaboram e valorizam os professores.
Residia na comunidade e frequentei está escola, adorava, o empenho dos professores e atividades extra curriculares do escola aberta, foi uma linda época, apenas gratidão. Mas realmente nos últimos tempos tem sido difícil pelo q percebo de fora, pais pouco interessados em abraçar a escola e ajudar os professores e alunos muito menos. Uma pena, justo agora q a escola tem mais recursos, deveriam aproveitar visto que grande parte da comunidade é mais carente e muitas vezes não tem os mesmos em casa.
ResponderExcluirCresci na Colonia Penal da PEJ, em meados dos anos 1987-90. Foram tempos difíceis, porém de muita coisa boa também. Grandes recordações! Daniel Soares Lima
ResponderExcluirGostaria de reencontrar alunos da 1ª, 2ª, 3ª séries: 1987, 1988, 1989.
ResponderExcluirContato: daniel80soareslima@gmail.com