TRADIÇÃO UMBU - Pré-história RS
O grupo de caçadores-coletores da tradição umbu caracteriza-se por pequenas populações que ocupavam amplo território para obtenção de seus recursos de subsistência. Sua área de ocupação ocorreu principalmente nas planícies mais ao sul do Estado até a encosta do planalto.
A proteína animal poderia ser proveniente da caça a animais como veado, anta, porco do mato, tatu, ratão-do-banhado, de aves como a ema, saracura, marrecos e da pesca de diferentes espécies de peixes. A caça desses animais poderia ser efetuada com arco e flecha, arremesso (boleadeiras, lanças) ou armadilhas. A coleta de frutas e raízes completava a dieta alimentar do bando. Estas pessoas tinham baixa expectativa de vida, não ultrapassando em média os quarenta anos de idade.
A partir das pesquisas de Mentz Ribeiro acredita-se que os artefatos da tradição Umbu, como os raspadores, seriam para retirar a carne do couro, descamar peixes e descascar madeiras; os furadores poderiam ser utilizados para perfurar o couro, utilizado na confecção de vestimentas ou na construção; as facas poderiam ser utilizadas para o corte de madeira, peles, entre outras funções. Para confecção de arcos, poderiam ser utilizadas as pedras com entalhes. As lascas teriam múltiplos usos, como cortar, raspar e perfurar.
As bolas de boleadeiras poderiam servir como armas de guerra ou implementos para caça. Da mesma forma, as pontas de projétil poderiam ser utilizadas como pontas de flechas ou de lanças, em situação de caça, pesca ou guerras.
Devido as condições de solo, clima e locais ocupados, os objetos que foram estudados constituem-se de artefatos de pedra, e, mais raramente, de ossos e conchas. É certo que deveriam ser usados outros materiais como madeira, fibras, cipó e couro, além de outros elementos que o tempo destruiu.
Fonte:
André Luis Ramos Soares & Sergio Celio Klamt
Antecedentes Indígenas – Pré-História do Rio Grande do Sul
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