A onda de nativismo em nosso Estado começou com o "I Festival d Canção Nativa" realizado na cidade de Uruguaiana, fronteira de Pasos de los Libres, há 17 anos atrás. Mais tarde, surgia a "Vindima da Canção Nativa", em Flores da Cunha, a "Coxilha Nativista" em Cruz Alta, o "Musicanto" realizado na cidade de Santa Rosa, perto das Missões e a Tertúlia Musical Nativista" de Santa Maria, um festival basicamente campesino com temas ligados ao homem da terra, não permitindo o uso de instrumentos como guitarras e teclado.
Hoje em dia, durante todo o ano, um grande encontro se realiza quase uma vez por semana numa cidade gaúcha. São os festivais de músicas nativistas, ao todo 56, onde quase 200 compositores que concorrem com suas músicas nas diversas linhas como nativistas, milongas, campesinas e contemporâneas.
Na opinião do chefe do setor de Folclore Aplicado do Instituto Gaúcho de Tradição, Terson Praxedes, estes festivais proporcionaram a volta do gaúcho às suas raízes e atraíram jovens que achavam o gauchismo fora de moda.
"Espero que haja mais festivais, pois não acredito que um dia irão saturar. Há uma seleção natural.Muitos músicos começaram com o nível C e hoje são bons e fazem sucesso no sul e resto do país.
Muitos nomes de nossa música, salienta ele, surgiram destes festivais no interior do Estado. Por isso é importante que se valorize estes shows, como forma de resguardar a nossa cultura que é uma só".
Dentro deste espírito, Charqueadas realizou o seu "V Jacuí Festival da Canção", nos dias 25,26,27 de março. O festival aberto à canção popular, apresenta uma forte inclinação ao nativismo, devido ao grande número de músicas inscritas neste gênero. Este ano, face a uma premiação maior e a divulgação que vem sendo dada ao festival, o V Jacuí contou com um número bem maior de participantes, entre eles nomes importantes como Beto e Jorge Fernando Hermann, Roberto Wagner, Gildo Campos, Valeria Venturini, Alex de Souza, Luis Bassan, Beto Araujo e tantos outros.
FONTE: JORNAL O AÇO
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