Entrevista com o senhor:
Nelson Virote
Entrevista feita pelas alunas:
Emily figueira e Marcelli silveira
A usina do gasômetro em Porto Alegre
fechou, então tinha outra em Pelotas que também ia carvão carvão daqui, e eles fecharam
principalmente a de Porto Alegre, e os trens passarão a consumir o óleo diesel
e não mais o carvão, então foi por essa necessidade que eles tiveram que
fechar, pelo motivo de produzir o carvão e não terem para quem vender, eles
mandavam muito carvão daqui para Rio Grande para os navios, mas em Rio Grande
os navios também passaram a serem a óleo. E ai surgiu à necessidade deles
fazerem uma usina para consumir o carvão que eles produziam.
A usina começou a produzir a escala
industrial em janeiro de 1961.
Boa parte do carvão vinha do Butiá,
porque o consumo da usina quando trabalhavam as 4 caldeiras chegava a consumir
1400 toneladas de carvão por dia. O carvão do Butiá tinha a mais alta caloria,
e o nosso daqui era ruim e o carvão daqui tinha muitas cinzas e então
misturavam os dois para que eles tivessem uma caloria boa nas caldeiras.
Muitos diziam que a Copelmi não podia
fechar se não a usina iria parar, a Copelmi produzia no Máximo em media 1100
toneladas por dia, e a usina chegava a consumir 2400 por dia.
Como a usina funciona? É uma usina
térmica que funciona a carvão com caldeiras, o carvão faz com que o aquecimento
da água na caldeira saia o vapor pela turbina é uma temperatura de 430 graus. Os
lugares que consomem a energia produzida pela Tractebel são: Santa Catarina,
Paraná, Osório, Santiago e outros. O carvão de hoje vem da cidade de Butiá.
A Eletrosul encampou a Termochar em
1968. A Eletrosul assumiu a termoelétrica de charqueadas e a de Alegrete, ai
depois a Eletrosul já entrou com a de Santa Catarina e assumiu tudo. Com a privatização do setor elétrico, a usina
e outros ativos de geração da Eletrosul foram adquiridos, por meio de leilão,
pela empresa belga Tractebel energia. Os lugares que consomem a energia
produzida pela Tractebel são: Santa Catarina, Paraná, Osório, Santiago e
outros.
Diz seu Nelson Virote: ”Uma vez um
colega de trabalho o seu Rubens estava lavando um tanque de óleo, perto daquela
chaminé tem uma escotilha lá em baixo agente entra, o tanque toca óleo para as
caldeiras, e as caldeiras são a carvão e, quando precisa acender as caldeiras
tem que ligar os bicos de carvão pra começar o fogo ai da a força no carvão, e
depois que o carvão pega força entra ar lá dentro e o oxigênio do ar que conduz
o ventilador de 200 cavalos que tocam o ar para dentro da caldeira que toca
junto com o carvão, e o moinho moía o carvão e fica um pó ali, ele tem um
suporte que joga tudo aquilo para dentro da caldeira e o carvão queima e fica
um vermelhão, não tem um foguinho lá dentro é um fogo total toda a caldeira
esta sendo vermelha por dentro, daí um colega estava com uma extensão emendada
que é uma coisa que não se faz e fechou um curto circuito, ai pego fogo num
tanque de gasolina e pegou fogo nele, ele saiu dela como uma tocha humana, os
caras pegaram ele e tiveram que colocar ele na água, arrancaram a roupa dele e
o cobriram-no com um cobertor, ai levaram ele para um posto, daí depois
mandaram ele para Porto Alegre e ele ficou bem.
O que mais marcou foi um colega nosso
que levou um choque de 6.000 volts, aquele levou 6 dias para morrer largando
pedaço, foi levado para Porto Alegre caindo pedaços, ninguém sabe como ele estava
vivendo, ninguém sabe como ele não morreu na hora porque o choque foi muito
grande, foi impressionante o cara com 22 anos estava com sua mulher grávida de
6 meses e aquilo foi um choque para agente.
Há empresas dentro da Tractebel, existem
10 termoelétricas dentro dessa empresa. A Tractebel não tem risco de fechar,
por ser muito limpa e não produz fumaça, produz vapor de água e isso não polui
o ar, e podemos perceber que a fumaça é branca e antigamente saia noventa
toneladas de cinzas pela chaminé da usina e ia principalmente direto para o
rio, mas agora tudo mudou, então seria muito difícil da usina fechar.
Um dos primeiros funcionários da
Termochar foi o Sr. João Flores é que a maioria deles já faleceu, o único
contato do seu Nelson virote é o Sr, João Flores. Hoje em dia á muitos poucos
funcionários na empresa.
A usina do gasômetro em Porto Alegre fechou, então tinha outra em Pelotas que também ia carvão carvão daqui, e eles fecharam principalmente a de Porto Alegre, e os trens passarão a consumir o óleo diesel e não mais o carvão,... http://charqueadashistoria.blogspot.com.br/ RS charqueadas história Rio Grande do Sul brasil
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