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Quintino Baptista Marques - Entrevista com o mineiro


             
Machadinha e Capacete de mineiro. Carvão mineral.
 Objetos  do Museu Itinerante de História
                                                 
Trabalho da aluna: Marcelli Silveira
Turma: 7B/2013

Nome do entrevistado é Quintino Baptista Marques. Ele começou a trabalhar na COPELMI no dia 25/09/1971, trabalhou desde 1971 até 1987, então saiu da COPELMI dia 01/02/1987.

Ele disse que o carvão saia do fundo da mina pelos transportes de correia, da correia era despejado nos carros, quando completavam 80 carros ,á maquina locomotiva, transportava para a boca do poço, e lá era virado no virador que era despejado no esquife e do esquife era puxado para cima e virava nos transportes de correia, aonde despejava no lavador para britar o carvão, depois de britado, ia para os depósitos de carvão e dos depósitos transportava para a usina, para os barcos e para as caçambas, que levavam para as firmas que usavam o carvão da COPELMI.
Uma das empresas que usavam o carvão da COPELMI era: Usina Eletrosul e outras mais.
Ele disse que embaixo da mina era muito escuro, era muito quente lá dentro, mas tinha ventiladores que ventilavam um pouco lá dentro da mina, se não os mineiros não iriam aguentar. Aliás, dos mineiros usarem capacete, lanterna e lampião, eles também carregavam máscaras de segurança pra caso de estourar algum gás lá dentro da mina, então carregavam  para a segurança dos mineiros, contra incêndios.
Eles usavam ferramentas como: machado, pá, picareta. perfuratriz, broca, bite era o que ia na ponta da broca para furar o carvão, usavam explosivos como: banana de dinamite, espoleta, estopim e também usavam fósforos. Ele não tem nenhuma dessas ferramentas, porque essas ferramentas eram da companhia que ele trabalhava e era proibido trazer para casa.
Dentro dos túneis, lá em baixo da mina eles passavam descendo pela boca do poço e depois seguia na reta até o fim da mina, ele não se perdia lá dentro e sim tinha mapas das galerias, mas eles quase nem usavam.
Aconteceram vários acidentes com ele lá dentro, e um deles ele estava no fundo da galeria e deslocou uma pedra que o apertou no meio das pedras, lhe apertou nas costas no lado esquerdo, ele tem a cicatriz até hoje, mas com a graça de Deus ele conseguiu sai do meio das pedras sozinho, mas ele também tem carvão no pulmão, 3º grau de carvão no pulmão, fora o pó da pedra.
O salário naquela época era bom sim, ele disse que dava para viver bem. Ele nunca participou de nenhuma grave, e sim ele era amigo de muitos líderes do sindicato, principalmente do Sr. Aldo Moreira, Sr.Precilio, do Sr.Olicio e outros.


Ele disse que sim, ele autoriza colocar está entrevista no blog. Ele disse que não tem nenhuma foto e nenhum objeto antigo para doar ou emprestar para o museu da escola e que é uma pena ele não pode ajudar. 

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