Entrevistado o Senhor:
Josi Francisco De Marins.
Comecei a trabalhar na Copelmi, em
03/08/1977. Trabalhei durante 20 anos.
O carvão saia da mina através de uma
vagoneta que vinha do fundo até a boca do poço e subia para a superfície
através de elevador guincho. As usinas termoelétricas, Riocel e outras,
compravam e usavam o carvão da COPELMI. Embaixo da mina era como um túnel, um
real mestre, iluminado, dividido por galerias.
Nossos EPIs eram capacetes com lanterna e as ferramentas eram, principalmente, pás, picaretas, pantarola e perfuratriz. Infelizmente, não tenho objetos do tempo em que trabalhei na empresa, pois já fiz uma doação.
Nossos EPIs eram capacetes com lanterna e as ferramentas eram, principalmente, pás, picaretas, pantarola e perfuratriz. Infelizmente, não tenho objetos do tempo em que trabalhei na empresa, pois já fiz uma doação.
As galerias (túneis) lá embaixo passavam por baixo da cidade. Não tínhamos mapas, mas tínhamos treinamento, portanto decorávamos o local. Enquanto funcionário presenciou vários acidentes. O que mais me marcou foi dos três que morreram esmagados por ter arrebentado o cabo que levava a gaiola e caiu em cima deles. E o incêndio que ocorreu na mina e matou cinco colegas queimados.
Naquela época, recebíamos em média de cinco salários mínimos para quem trabalhava na produção. Dava para se viver razoavelmente bem.
Fui diretor do Sindicato dos Mineiros por 12 anos. Fizemos muitas greves. Uma durou 35 dias.
Autorizo a divulgação dessa entrevista.
Entrevistador: Kevin Pakulski da Silva
Aluno da turma 7D
Escola Pio XII
Professor Edimilson Kober
Entrevistador: Kevin Pakulski da Silva
Aluno da turma 7D
Escola Pio XII
Professor Edimilson Kober
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