Nome do entrevistado: Quintino Batista dos Marques
MINA DO CARVÃO
Trabalho realizado pelas alunas: Maria Rosa e Kátia. ne21/2010
Quintino começou a trabalhar na mina no dia 25 de Setembro de 1971.
Os mineiros usavam crachás com o nome da firma de COPELMI, que significa Campânia de Pesquisa Larvas Minerais. Mas era chamado de poço Octávio Reis.
Eles usavam macacão e bota de borracha para ir trabalhar, mas quando descia a mina eles desciam de calção, bota e um capacete que tem lanterna na frente. Que iluminava o seu caminho.
Para começar o trabalho ele descia a gaiola que era um elevador, e se chamava esquife, ele descia até364metros de profundidade. Para descerem no lugar onde eles deveriam trabalhar era os guicheiros que comandavam eles se comunicavam por telefone. Eles caminhavam de 4 á 5 Km.
Existem dois Postos na mina. O Posto primeiro era uma gaiola com 2 andares que carregava o carvão, e era usada pelos mineiros.
O posto dois se chamava chafi era uma gaiola que descia a madeira que era usada para fazer o a seguramento da mina.
Os mineiros usavam explosivos, machados e colheres de pedreiro, para a perfuração da mina. Ela foi perfurada até triunfo. Ouvem vários desmoronamentos ele se machucou varias vezes. Na mina tinha um lugar onde eles deixavam os alimentos que se chamava de estação, onde tinha muitos ratos e baratas. Além disto, seus colegas eram malvados, roubavam seus alimentos, cigarros e colocavam apelidos.
No fundo da mina tem lugares escuros, e lugares com claridade, pois tem um cabo de alta tensão mais grosso do que temos nas ruas. Este cabo leva energia em alguns lugares e é usado para o funcionamento dos ventiladores. Existem dois tipos de ventilador grande e pequeno. Eles usavam um pano grosso e grande que enrolavam em forma de um cano, para que a ventilação fosse até o fundo da galeria e voltasse para o real.
Os mineiros costumam a perfurar as paredes e colocar explosivos, para a extração do carvão. Eles usavam brocas para fazer buracos, onde colocavam as bananas, que eram explosivos, o pavio era grande, um maior que outro, para quando colocasse fogo no ultimo pavio. Daria tempo para eles correrem e se esconderem. Depois de explodido o carvão era colocado nas correias, que vinha pelo fundo da caia, o carvão caía direto nos carros. Depois era vendido, transportado e usado no abastecimento das usinas. As correias tinham 400 metros. Ele contou que na mina havia um lugar onde os mineiros tinham medo de trabalhar. Um dia este lugar teve uma explosão, pegou fogo e matou alguns mineiros. Ele se escapou porque soltou no turno da noite e a explosão foi a seis horas da manhã.
Quintino trabalhou 17anos na mina, parou de trabalhar no dia 1º de Fevereiro de 1987. Ele se aposentou faz 25 anos. Perguntei se ele tinha alguma lembrança da mina para nos mostrar. Ele disse que não, pois lhe restou somente o carvão em seus pulmões e algumas cicatrizes e não foi indenizado por isto.
Nome: Maria Rosa, Kátia
Turma: NE 21
Data: 22/11/2010
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