Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2020

NO RS - IMIGRAÇÃO ALEMÃ

Os imigrantes contratados por conta do Governo brasileiro por Jorge Antônio von Schäffer na Alemanha e componentes da primeira leva, depois de passarem pelo Rio de Janeiro, chegaram a Porto Alegre em 18 de julho de 1824. Ana Luiza Jaskulski Quando a família real veio para o Brasil, em 1808, o rei D. João percebeu a necessidade de povoar e colonizar o Brasil. Por isso, liberou a imigração estrangeira.  No inicio do século XIX, as terras de fácil ocupação estavam nas mãos de sesmeiros ou de posseiros. As terras de difícil acesso, como nos sertões e nas florestas, estavam desertas. O governo, então, acaba com as doações ou compras de sesmarias e dá inicio a uma nova fase colonizadora. Seriam criadas pequenas colônias agrícolas, onde se desenvolveria a classe média para movimentar o mercado interno. Assim, o imigrante povoaria as terras de difícil acesso, aumentaria a população brasileira, serviria de exemplo à sociedade da época, que via o trabalho ...

A MULHER NA GUERRA DOS FARRAPOS

HILDA AGNES FLORES Sintese do discurso de posse como Membro Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, no dia 9 de outubro de 2014, em resposta à saudação proferida pelo Prof. Luiz Osvaldo Leite.  A guerra intestina dos Farrapos lutou por ideias, difíceis de conciliar. Alongou-se por quase um decênio (1835-1845), destruindo a economia da Província e desorganizando a sociedade. Famílias sem o chefe mantenedor colocaram a mulher face a uma nova realidade, induzindo-a a agilizar o que Michele Perrot chama de “poder possível” na busca do caminho para enfrentar imprevistos e provocativos desafios. Audaciosa e inovadora, a mulher projetou-se à frente de seu tempo, à semelhança da mulher europeia que décadas mais tarde enfrentaria incríveis desafios de duas grandes guerras mundiais, concretizando o feminismo esboçado pela mulher farroupilha. Documentos amarelados de nossos arquivos, noticioso da imprensa nascitura, depoimentos do Processo dos Farrapos ...

LANCEIROS NEGROS SALVARAM A REVOLUÇÃO - RS

Retratro de um Lanceiro Negro, óleo de  Juan Manuel Blanes Cláudio Moreira Bento  Na Surpresa de Porongos, em 14 de novembro de 1844, os Lanceiros Negros de Teixeira Nunes salvaram a Revolução Farroupilha de desastre total. Pelo modo como combateram, salvaram Canabarro e grande parte das tropas e tornaram possível a negociação de uma paz honrosa como foi a de Ponche Verde, e a liberdade para todos os negros e mulatos que lutaram pela República Rio Grandense. Ao final do combate o campo de batalha de Porongos ficou juncado com 100 mortos farroupilhas. Segundo descrição do historiador Canabarro Reichardt: "Dentre eles 80 eram bravos Lanceiros negros de Teixeira Nunes”. Com a surpresa em Porongos, os farrapos, passados os primeiros momentos de estupor, recobram ânimo e se dispõem a morrer lutando.    CORONEL JOAQUIM TEIXEIRA NUNES (1801-1844) O maior lanceiro farrapo Teixeira, o Bravo dos bravos, cujo denodo assombrou um dia o próprio Garibaldi, reuni...